Como um gigante

 Nas últimas 4 semanas houve uma inversão de valores que jamais vi no futebol brasileiro. E, na noite de quarta-feira, o Palmeiras tratou de colocar tudo em seu devido lugar.

O Sport virou gigante. O Sport era amplo favorito. O Palmeiras, coitado, ia a Recife tentar a sorte. O Sport foi citado entre os possiveis finalistas da Libertadores, o Palmeiras não. O Nelsinho foi gênio, o Luxemburgo pré-fracassado de outra Libertadores.

Diego Souza e cia mostraram, em 90 minutos, que era tudo mentira.

O Palmeiras não fez uma partida de gala, mas vai guardá-la na listinha de jogos inesquecíveis. Transformaram o jogo da quarta-feira num mito, num monstro. Não era, nunca foi. Dificil, sem sombra de dúvidas, mas principalmente porque lá tem pressão, torcida, policia em campo, entre outros. Jamais porque os times locais tem mais qualidade ou camisa do que Palmeiras e qualquer outro gigante do Brasil.

O jogo ficou só em campo. Deu no que deu. O Sport, inferior ao Palmeiras como é de natureza, fez que ia pra cima e assim que levou o primeiro susto se lembrou quem era o Palmeira e quem era o Sport.  Ficou mais cauteloso, deu campo pro Palmeiras ir se postando mais a frente até que levou 1×0.

Tentou ir pra cima enquanto o Palmeiras armava contra-ataques. Sentiu que, se fosse todo pra cima, tomava outro.

E tomou. Com Diego Souza, em noite que justifica sua compra, numa jogada individual.

2×0, incontestável. De um time que foi cobrado até agora por não vibrar nos jogos mais importantes. Naquele que foi mais importante, vibrou muito, e segue vivo na Libertadores.

Com um porém: Novamente o Keirrison não apreceu pro jogo numa partida importante. Tá na hora, garotão!

Aqui são outros 500. Até mais difícil, talvez. Afinal, as coisas voltam a ficar claras: O Palmeiras é o grandão que tem que ganhar e o Sport o time do Nordeste que pode surpreender. Convenhamos, é bem mais fácil jogar assim do que com a carga irreal dada ao time pernambucano na última quarta-feira, né? rs

abs,
RicaPerrone