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Ayrton Senna da Silva

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Ontem fui ver o filme do Senna que estréia neste final de semana em todo país e várias partes do mundo. É um documentário, não um filme exatamente. Mostra sua carreira na F-1, suas corridas, suas atitudes, sua postura e sua forma de lidar com os problemas.

Mostra só isso pra quem enxerga só isso. Pra quem enxerga mais, mostra muito mais.

Um sujeito sério, determinado, correto, corajoso. Mostra um cara que peita o sistema quando discorda dele.

Mostra um brasileiro que não seja acha inferior por ter nascido neste belo país.

Mostra um piloto ainda jovem que levanta da reunião de pilotos e peita o presidente da FIA por discordar dele.

Mostra alguém que questiona o quanto o esporte se torna negócio, sem necessariamente se vender a ele.

Mostra um cara que não aceita ser coadjuvante no esporte.

Mostra um brasileiro que jamais abriria passagem pra outro piloto, seja por ordem de quem fosse.

Mostra o porque o mundo todo, e principalmente nós, adoramos este sujeito quase como um Deus.

E mostra também, nas entrelinhas, porque nós não temos NENHUM motivo pra adorar Barrichellos e Felipes.

Se você acompanhou Senna, vá assistir e se emocione com tudo de novo.

Se você não viu, vá até lá e conheça um ídolo de verdade. Coisa que não temos desde 94.

Se você é pai, leve seu filho para lhe apresentar valores.

Se você é fã de algum garoto propaganda que abre as pernas quando mandam ser covarde, não vá.  Você irá se assustar com tamanha dignidade e coragem.

Vai te parecer obra de ficação, e não é.

Foram lágrimas justas no cinema ontem.  Daquelas que doem, mas que valem a pena.

Mesmo que você não goste de F-1… vá ao cinema.

Não precisa gostar de carros de corrida pra admirar a coragem, a valentia e a dignidade de um herói.

Sim, herói. Se não pra todos, pra mim foi. E será pra sempre.

Herói da minha infância e juventude. O sujeito que eu gostaria de ter sido. O cara que me fez ser jornalista só pra apertar sua mão.

Não deu tempo.

Chega. Vou chorar de novo se continuar falando dele.

Vá ao cinema. Nós merecemos rever tudo aquilo.

abs,
RicaPerrone