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Assim é o futebol

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Sem grandes filosofias: Quem não faz, toma. O futebol tem dessas coisas. Impossível dizer que o Grêmio não teve chances em Minas e em casa de matar o jogo e ficar com a vaga. Mas, não fez. E ao não fazer, tomou. O Cruzeiro, que começa a adotar o futebol resultado explorando a individualidade de seus jogadores, está na final.

Kleber resolveu a vaga nesta noite num lance isolado. A final, como em 2008, repete um confronto da fase de grupos.

A bola rola e o Grêmio vai pra cima com moderação. O Cruzeiro não consegue fazer nada, o Grêmio cria algumas chances e não marca. Penalti, o juiz não dá. Na sequencia, o Cruzeiro acerta seu primeiro lance no primeiro tempo e faz 1×0. Em jogada individual de Kleber.

Minutos depois, enquanto o Grêmio ainda se arruma em campo, faz 2×0 numa linha muito burra da zaga gaúcha. Fim de papo. O Cruzeiro é finalista em 4 minutos de futebol jogado no ataque.

Dá pra dizer que tem sido na base do futebol de resultado? Até dá. Mas, com “porens”.

O Cruzeiro está sim “enfeiando” seu jogo. Fica na defesa e usa o talento dos seus bons jogadores de ataque para evitar a vinda em massa do rival. Não deixa de ser uma postura tática ofensiva, mesmo que na prática não esteja acontecendo com frequencia durante os jogos.

Contra o SPFC, em Minas, não foi a pressão que esperavam. Em SP, o time só teve volume de jogo na frente quando o SPFC abriu tudo. E contra o Grêmio, em casa, só conseguiu jogar após achar 1×0 quando o Grêmio era bem melhor. E, com o rival aberto, o Cruzeiro se torna um perigo.

Hoje, igual.

Mas, tá na regrinha: Faz mais gols, ganha. E o Cruzeiro fez.

Confesso que fiquei com dó do Grêmio até. Não fez 2 jogos para perder dessa forma. A bola não quer entrar, não adianta. E pro Cruzeiro, entra na chance que tiver.

Está abençoado, alem de bem armado pra fazer isso.

Mas é notável. O Cruzeiro teve o jogo inteiro pra explorar no Olimpico, com um jogador a mais, e em momento algum conseguiu jogar uma partida consistente e criar chances. Isso precisa ser corrigido pra final.

Sobre a torcida, dois registros:

– Cantaram o tempo todo. Eu não gosto muito dessa coisa de ficar repetindo uma musica o jogo todo, mas…é apoio. Não houve vaias durante o jogo.

– Racismo de torcedor brasileiro sobre um jogador brasileiro pra defender um argentino é o cumulo do absurdo!!!! Ridiculo! Espero que os que fizeram isso no Olímpico tenha a noção da barbaridade que cometeram.

Agora, a final.

O Tricolor cai em pé. Cai com dignidade e tendo tentado o que podia pra reverter um placar. Acontece, é o jogo.

O Cruzeiro representa o Brasil contra a Argentina, portanto, obviamente, leva minha torcida de camisa e tudo!

Pra cima deles, Cruzeiro!

abs,
RicaPerrone