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Asas às cobras

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Você que acha o Adriano uma aberração da fé e boa vontade tem nesta quinta-feira um ótimo exemplo do que dá ao Imperador o direito de ter mais oportunidades que “alguns” outros.

Aquele “basta” que a gente espera em alguns casos fica mais complicado com gols e bom futebol. Adriano alterna momentos ruins com grandes momentos, o que lhe diferencia de certos jogadores, mesmo que insistam em compará-los.

Adriano jogou muito futebol na Inter, no São Paulo e no Flamengo.  Se erra, entra em crise, você sabe que ali está um jogador capaz de, em pouco tempo, voltar a atuar em alto nível.

Você olha pro Carlos Alberto e pro Jobson e, mesmo vendo um potêncial técnico gigantesco, não consegue ter muita expectativa.

O Jobson teve um problema grave. O que pra muitos é “coitadinho”, eu chamo de burrice. Com enorme respeito aos dependentes químicos, você enfia o nariz porque quer, não porque alguém te obriga. Ele errou, feio, e teve outra chance.  (Será que vem ONG me chamar de drogofobico também?)

Não conseguiu se ajeitar, saiu, não se adaptou e agora pede pra voltar, sem sucesso. Faz muito bem o Botafogo ao dizer pro jogador seu talento acima da média não está acima das normas do clube, coisa que até outro dia não aconteceria.

Jobson tem 23, Carlos Alberto 26. Ambos são novos, tem tempo pra reverter isso. Mas, querem?

Quem foi que disse pro Carlos Alberto que o pouquinho que ele ameaçou jogar na vida já é suficiente pra que nunca mais precise fazer nada?  De onde esse cara tira tamanha falta de responsabilidade pra desperdiçar um futebol raro em troca de sei lá o que?

O sujeito tem 26 anos, jogou em 6 dos 12 maiores clubes deste país e não conseguiu dar certo em nenhum.  Ameaçou vingar, mas nunca chegou perto de ser o que achamos que ele poderia vir a ser.

Carlos Alberto é o caso de “aposta” mais insistente do país. Há anos ele não consegue, há anos todos tentam.  Amanhã ele vai se apresentar num grande clube, tenha certeza.

Técnicos e dirigentes ainda costumam comprar album de figurinhas. Ou seja, aquele Carlos Alberto promissor do Fluminense em 2003, não aquele meia do Grêmio que não vingou em 2011.

Chega.  É muita camisa pra pouco respeito.

Cresçam, meninos. Vocês não tem idéia do que estão vestindo. Se tivessem não faltariam aos treinos ou causariam problemas. Chegariam 10 minutos mais cedo todo dia só pra ficar de joelhos agradecendo pela chance que tiveram depois de tudo que não fizeram por merecer.

abs,
RicaPerrone