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As regras e o brasileiro

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As regras e o brasileiro

Regras existem para encerrar discussões, não para aumenta-las.

Quando um grupo de pessoas sob regras debocha delas e/ou ironiza quem vai em busca de que elas sejam cumpridas, muito se explica sobre o cenário deste grupo.

A Portuguesa não é vítima de ninguém mas sim a grande vilã do Brasileirão que não rebaixou o Flamengo, que por sua vez foi punido corretamente exatamente pelo mesmo motivo: descumprimento de regras.

Outro dia no carnaval um jurado pegou um papel errado, a escola foi prejudicada e então foi cobrar que as coisas fossem justas. O que fez a escola beneficiada? Reclamou, porque quando a regra não nos dá vantagem a gente não se importa com ela.

Somos um país de filhos da puta, num continente tão filho da puta quanto.

A filha da putagem pode estar em nosso DNA, mas nunca no papel. E então, surgem as regras.

O treinador do River debochou de uma punição, riu da cara de todo mundo e ainda assumiu que fez porque era importante pro time. Há discussão agora sobre se era ou não importante, tendo a confissão do descumpridor da regra.

“Na bola”?

Que bola? A que bateu no braço, a que o Dedé não chegou e foi expulso ou a que jogou o Santos pra ser roubado por um sistema que não cumpria as regras?

A do Boca em 2012, a do River em 2005 ou as dezenas de vezes que um time brasileiro viu seu copinho de água atirado no gramado cumprir a regra e as pedras em outros países serem ignoradas?

Que regra é essa que nos diz que para não busca-la sob a “vergonha” de tentarmos ser justos?

Onde estão meus “colegas” jornalistas que não tem vergonha de pedir voto pra bandido em eleição e não tem coragem de botar a camisa dos nossos clubes para brigar pelo que é certo?

Não fosse tão radical contra nós, talvez relevaríamos. Mas sendo a Conmebol o absurdo contra brasileiros que é há tantos anos, não é mais do que óbvio que o Grêmio vá buscar seus direitos, embora saiba que não deva conseguir porque está sozinho como sempre ficou, e como também deixaria seus rivais se precisasse.

Num país onde se discute regras após o jogo começar, nada nunca poderá dar certo.

Regras são regras. E ponto final.

abs,
RicaPerrone