Arena Congonhas

Sabe o que tem de tão especial nas imagens de Congonhas com o Palmeiras partindo pra Belo Horizonte? A liberdade.

A liberdade do torcedor em ser torcedor sem se tornar um cãozinho adestrado por um país que pune a arma e não quem atirou.  A liberdade de festejar, agitar uma bandeira e até usar fogos para deixar mais bonito o espetáculo.

Uma área livre, próxima ao seu time e com o direito de poder dizer do ladinho deles que “confio em você”.

Congonhas foi o que gostaríamos de ser nos estádios. Foi a casa do palmeirense sem regras estúpidas de “segurança”.  O saldo? Ninguém se feriu.

Quando tratado feito um idiota, a tendência é agir feito um.  Quando tratado como adulto, o ser humano tende a agir como adulto.

Isso que vocês viram em Congonhas é o que está dentro de nós, torcedores apaixonados por futebol, que nos foi tirado porque a justiça no Brasil tem vídeos, fotos e até o endereço de quem comete os crimes, mas prefere punir todos nós, que no fundo somos vítimas.

O Palmeiras viajou conhecendo uma torcida plena, sem proibições. E teve que fazer isso só no final do ano e, pasmem, tendo um estádio incrível, foi ver num aeroporto.

O abraço foi dado. O time viaja muito mais forte do que se encontrasse esse saguão vazio.  Torcida não ganha jogo, dizem.

“Só se for a sua”.

abs,
RicaPerrone