Allianz Parque – Capítulo 1

Era uma vez um estádio.  Durante um período não muito feliz dos anfitriões ele foi ao chão e, no melhor negócio da história do futebol mundial em todos os tempos, uma nova Arena surgiu.

Para alguns, covardes, oposição velada ao futebol brasileiro, ele se chama “Arena Palmeiras”.  Não. Não se chama. O nome é Allianz Parque, nascido em 19 de novembro de 2014, numa derrota. Mas a história é escrita como nos convém, logo, pro capítulo “estréia”, fica valendo a de 1933, 6×0 no Bangu, e foda-se.

Voltemos no tempo. Ou melhor, corremos.

Chega o esperado 29 de outubro de 2015 e o Palmeiras tem sua primeira partida inacreditável em sua nova velha casa.  Sim, eu sei que o Cruzeiro já esteve lá sendo eliminado. Mas existem jogos decisivos, jogos importantes e jogos para sempre.

Pela primeira vez o Allianz Parque sediou um jogo que nunca vai terminar.

Naquela eufórica torcida que clama por grandeza e títulos do tamanho de seu estádio, havia uma mistura de medo e fé. Um roteiro digno para um primeiro capítulo.

Os gols, a queda de rendimento, o herói do jogo pintando do outro lado, toda a história sendo escrita para uma página de superação e dor comandada por Fred, o injustiçado. E não diga que não, porque todo torcedor enxerga essa história do dia seguinte sendo escrita durante o jogo.

Quando terminou, o Fluminense tinha uma classificação épica. O Palmeiras, um gostinho de “jogo perdido” por ter sofrido o último gol do jogo.

Mas tinha que ser assim, sofrido, nos pênaltis, devagarinho, com todos os olhos na mesma direção, para que fosse eterno.

Prass, Gum, nenhum herói nem vilão de fato, pois no capítulo primeiro do Allianz Parque a estrela maior teria que ser o Palmeiras como um clube, não como pano de fundo para um jogador se eternizar.

E acabou. Pra que nunca mais tenha fim este Palmeiras 2×1 Fluminense que trouxe de volta tanto “palmeirismo” ao palmeirense.

Que discutam os pênaltis, o juiz, a sorte.  A história está escrita. E é só o começo.

abs,
RicaPerrone