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Agora é tarde

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Agora é tarde

Quando a bola rolou eu pensei que o Galo fosse vencer. Não por alguma mudança radical, mas por ser mais time apenas.

Quando vi todos eles dando carrinho, até o Ronaldinho, brigando por cada bola como se fosse a última, comecei a contestar o quanto acho aquilo legal.

Sim, pois quando um time passa a correr o dobro do que vinha fazendo imediatamente após a troca do treinador, não é novo sistema tático, nem palestra motivacional. É quase um atestado de má vontade.

E não. Eu não suporto a idéia de que por discordar de um chefe seu você prejudique a instituição que lhe emprega.

Aquele Galo correndo uma barbaridade explicava muito da derrota na Colômbia.  O “correr atrás do prejuízo” era claro, mas sem notar que, talvez, o “prejuízo” tenha sido desnecessário.

Quando o Galo fez 1×0 eu tive quase certeza que daria.  Só que dali pra frente o time foi pensando na maldita regra do gol fora e ousando cada vez menos. É claro! A regra sugere isso.

Se você tem 1×0, tem os penaltis. Pra fazer o segundo, precisa agredir. Pra agredir pode sofrer um gol. E este gol não te deixa em desvantagem. Este gol te elimina! Já que 3×1 é sonho numa situação dessas.

Regra estúpida. Mas assinada de véspera. Logo, parte do show.

Ronaldinho morreu em campo e ficou assistindo ao jogo de camarote enquanto tentava acertar uma bola longa. O técnico novo não entendeu, tirou dois atacantes e o time criou menos ainda.

Quando Tardelli saiu irritadinho, achei graça. Eles pedem “bom senso” mas só se doam o máximo diante do chefe que eles aprovam? Jogador é foda.

Mas entendo que o Levir errou mesmo.

Errou. Porque não conhecia o time que tinha. Mas estava lá, porque o que conheceu não conseguia fazer o time se doar em campo como ontem se doou.

E então, já no fim, com a cota de milagres esgotada em 2013, o Galo sofre o gol da eliminação.

Impedido, diga-se.

A impressão que passou é que o time do Atlético achou que quando quisesse, resolveria jogar bola e teria o mesmo resultado de 2013.  Demoraram demais.

Agora é tarde.

abs,
RicaPerrone