Acéfalos

Ah, o charmoso estadual do Rio.  Para míseras 12 mil pessoas, cobrando entrada de cinema em sala VIP a mais barata das entradas, numa fórmula estúpida de um torneio falido.

Quem será o gênio que decide isso?  Não mais inteligente que quem assina e concorda, diga-se.  Ou, daquele que assina, concorda, vê a merda que fez e cobra caro pra que mais gente vá cheirá-la.

É inacreditável.

Mas teve jogo. E o problema persistiu. Se faltou cérebro pra quem o organizou, idem pra quem o disputou.  Muito atacante, volante, pouca gente que sabe jogar futebol.

Douglas e Conca.  Simples: Marque-os e teremos um festival de bicos pra frente e cruzamentos.

São as únicas duas peças de armação em campo. Num jogo de decisão, com cara de coletivo, futebol de muito mais tensão do que qualidade.

Melhor pro Flu, é claro. Joga pelo empate a próxima.  Mas o Vasco não jogou mal. Ao contrário, acho até que melhor que o Tricolor.

Fez o gol de empate numa jogada onde os 3 que entraram no segundo tempo tocaram na bola. Prova que Adílson mexeu bem, e também que escalou mal. Escolhe aí.

Todo espetáculo feito para um público cai de nível quando não tem o público. É um circulo, não acaba. Sem qualidade, sem público. Sem público, pior a qualidade.

A roda vai travar e virar ao contrário se conseguirmos encher o estádio a 10 ou 20 reais. Não esperando que o Pedro Ken passe a jogar a bola do Juninho.

Mas pra entender essa lógica é preciso mais do que “um meia de ligação”. Dentro e fora de campo.

Um Vasco e Fluminense para esquecer, ensinar e rever.

abs,
RicaPerrone