A “vida loca” do Flu

Convenhamos, não sou o maior fã do Atlético PR, mas eles em casa são casca dura. Tanto que dificilmente se ganha um jogo lá.  É daqueles que você olha na tabela e vê, no máximo, um ponto. Três, só num grande acaso ou numa grande fase.

O Fluminense tem os dois. A fase e o acaso.

Fred não é acaso, nem fase. É jogador caro porque decide, tem personalidade pra não cair com as críticas estúpidas e os rótulos covardes.  O homem que decide, adivinha…? Decidiu.

Renato acertar um cruzamento, isso sim, tem dose de acaso após suas 245 tentativas frustradas na mesma partida.

Mas não é só disso que se faz um campeão. É de lances como aos 10 do segundo tempo quando, já vencendo por 1×0, o Fluminense sofre um ataque do CAP e o jogador adversário bate forte, cruzado, e um zagueiro do Flu de carrinho corta.

Olha a imagem. Os jogadores todos aquecendo do lado vibram e pulam como se tivessem feito um gol.  É um sentimento coletivo em busca de alguma coisa. Um raro momento onde o futebol consegue fazer todos os egos e interesses serem menores do que o do clube.

O Fluminense pode não ter o time mais espetacular do mundo, mas é competitivo. Pode não ser rico, mas tá pagando. Pode não jogar um grande futebol, mas está ganhando!

Mas ninguém hoje olha pra taça com tanta vontade e motivos para tê-la quanto o Fluminense.  Que sim, é diferente de merece-la, mais longe ainda de conquista-la.  Mas é o time que emocionalmente mais entende a importância dela em 2015.

Pode ser este o fator a leva-lo até lá. Como o que destrói o sonho.  Mas está nos olhos dos caras. É nítido como os jogadores do Fluminense ganham jogos e fazem cara de “não acredito!”.  No que? Em poder “acreditar”, oras.

Então, acreditem.

abs,
RicaPerrone