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A vida como ela é

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A vida como ela é

Aqui, Morumbi. Lotado, vermelho, preto e branco.  Cheio de “pobre” e “bandido”, conforme disse outro dia um infeliz “gestor” num importante jornal.

A 2 ou a 10 reais, pouco importa. O sãopaulino foi convidado a ver o São Paulo e fazer parte de uma partida. Aceitou, como quase sempre o torcedor aceita este tipo de convite.

Me lembro que um dia em mil novecentos e bolinha o SPFC lançou iluminação nova no Morumbi. Grandes merdas. Quem paga pra ver refletor?

Mas aí, fizeram a 2 reais. Era paulistão, um jogo meia boca.  Não tinha onde enfiar gente. Foi espetacular, um grande jogo, uma festa linda. E dali milhares sairam mais apaixonados, prontos para pagar 100 paus num setor premium quando mais velhos.

Hoje, no Morumbi sãopaulino, o torcedor foi convidado a se aproximar, não a cobrar.

Quando se cobra um valor alto, espera-se um espetáculo. A qualquer problema, vaias. E a bola de neve começa a descer ladeira abaixo até se estourar numa derrota e numa crise.

Hoje não. Era um preço pra te convidar, não pra te ofertar.

Acredite, engravatado: é diferente.

E com 55 mil pessoas tendo aceitado o desafio de vencer o Fluminense, o São Paulo foi um só do porteiro ao centroavante. Com 10 mil, cobrando caro, talvez fosse mais uma tarde infeliz de pouco futebol e nervosismo.

Dirigente faz conta. Mas futebol é um grande “faz de conta”.  As vezes o errado está certo, e só dentro de um estádio se aprende as regras do jogo.

Torcedor quer ser parte do time. Quer dizer “nós” no fim do campeonato, não “eles”.

O São Paulo, arrogante e soberano, baixou a bola e se aproximou do povo.  Venceu.

“Nós” vencemos.  Porque “vocês”, sem “nós”, não são nada.

Salve o Tricolor Paulista!

abs,
RicaPerrone