A mesma praça, o mesmo banco…

É quase sempre assim. Quando a seleção vai mal logo a gente olha pro banco e vê mais futebol brasileiro do que em campo. Quando troca, funciona. Talvez por confiança, mas provavelmente porque nós não sabemos jogar de outro jeito.

A seleção foi mal sábado, foi mal hoje. Perdia o jogo e empatou num lance isolado. Mas com as mudanças durante o segundo tempo o time foi encontrando características que nos fizeram ser a seleção referência do mundo.  Everton, Neres, Arthur.

Coutinho é muito bom jogador mas desde a Copa está jogando sob uma condição não lhe cabe. Ele não é um puta craque.  É muito bom. Mas esperar dele certas soluções pra jogos mais fechados que não seja o chute cortando da esquerda pra direita eu acho um pouco de exagero.

Neres e Everton tem algo raro: você não faz idéia do que eles vão tentar fazer.

E isso faz do nosso futebol o melhor do mundo. Imprevisibilidade.

Por mais que o esporte caminhe para um coletivo completo e absoluto, ainda assim é importante uma quebra de protocolo no meio dessa troca de passes para que se chegue a frente com mais condições de gol.

Ninguém faz isso como nós. Então que assim seja. O drible é nossa assinatura. O improviso, a genialidade. Quem não tem isso no DNA nem convocado deveria ser.

A seleção não pode mudar conforme os convocados. Eles que se adaptam a seleção.

RicaPerrone