A mesma praça, o mesmo banco…

… as mesmas flores, o mesmo jardim. E lá vem o Cruzeiro cometer o erro mais comum do futebol brasileiro nos últimos anos. Achar que técnico teimoso e comum vai virar solução de problemas da noite pro dia.

Roth não é ruim. É comum. É teimoso, mediano, retranqueiro, antigo.

Passou por clubes grandes (G12) 15 vezes nos ultimos 15 anos. Conquistou 2 estaduais e uma Libertadores que pegou no final.

Acumula vexames, saiu vaiado por onde passou e não dura em lugar nenhum mais do que 6 meses.  Você sabe quem é o Roth, conhece seu potencial e, mesmo que vá bem no Cruzeiro, sabe qualé seu limite.

E eu pergunto, meu bom amigo:  Você prefere a certeza da mediocridade ou a dúvida e o risco de uma aposta?

O Cruzeiro sabe o time que tem, o que vai fazer no Brasileirão e talvez por isso tenha buscado um treinador que joga pra “não perder”. Seja como for, com o time que for, a camisa do Cruzeiro não permite a idéia de “não perder”.

Roth, Joel, Leão… sempre as mesmas soluções para casos parecidos. Todos eles com curto prazo e sem um futuro promissor.

Adianta? Não. Mas eles preferem.

Eu sou daqueles que voto sempre em arriscar num Renato, um Dunga, um Falcão, enfim, alguém que não tenhamos a certeza do limite.  Pode ser ruim, pode ser ótimo.  O que não pode é investir no crescimento de uma plantinha velha e que dá poucos frutos.

Pode regar, dali sai pouca coisa.

O Cruzeiro contratou um técnico comum para dirigir um time que, hoje, parece comum. Mas não é, não deve aceitar ser.

Roth é o técnico que todo mundo que defende inventa mil teses sobre ele ser “injustiçado”. Ao final do discurso  você pergunta: “Queria ele no seu time?”, e o defensor sempre diz “não”.

Isso responde quase tudo.

abs,
RicaPerrone