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A Indecência pela moral

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A Indecência pela moral

Falarei do Flamengo por ser fato, com a razoável certeza de que a enorme maioria dos outros também faria se preciso fosse.

A questão do gol anulado é sim discutível e deve ser julgada, pois a interferencia de alguém nas decisões além de arbitro e bandeira é ilegal e, portanto, não pode ser tolerada em alguns jogos e não em outros.

O Flamengo foi prejudicado, e seja com o bom argumento que for, sabemos que só está fazendo isso pelo desespero de sua própria campanha mediocre e não para moralizar o futebol.

Eu, se rubro-negro, não ia querer os pontos. Se fosse do Tribunal, talvez, tivesse que relevar a idéia simples de um “tapetão” diante de um erro mais do que relevante.

E quando digo isso não me refiro aos pontos do jogo, sequer a Taça Rio. Ao precedente, porém.

Amanhã, quando um juiz voltar atrás, sabemos que não teremos bom senso de analisar caso a caso. Vamos usar a jurisprudencia deste caso e anular tudo que vier pela frente, tornando nosso futebol um enorme “pé no saco”.

Não acredito na “boa fé” rubro-negra. Acho que sua diretoria está apenas tentando jogar a Taça Rio e ganhar um troco a mais. Mas a justificativa, seja pelo Fla ou pelo futebol, é digna de ser discutida sim.

Afinal, pode ou não pode?  Porque “poder de vez em quando” é muito mais injusto do que anular um jogo, eventualmente. E digo isso no domingo porque até sexta seria impossível ponderar um tema onde o clubismo seria a unica coisa em evidencia a qualquer leitor.

Hoje, eliminado de fato, o Flamengo não tem mais nada pra fazer no tribunal. Ou tem.

Se for pra moralizar, siga adiante. Use os demais clubes para uma decisão dura e que não permita novos “erros de interpretação” amanhã.  Ou, se for pelos pontos e a miséria de ter que ir ao tribunal pra disputar semifinal de taça rio, melhor fingir que “nem queria mesmo” e deixar morrer.

A proposta é indecente, a justificativa cheia de “verdade”, mas o resultado previsível.

O assunto morre aqui. Porque era “ilegal”?  Não, porque não me leva mais a lugar algum.

abs,
RicaPerrone