A discussão está errada

O Brasil, por ter uma estrutura política no futebol e não empresarial (o que não mudará tão cedo por estatuto), não consegue ter o marketing como a parte fundamental de um clube.  Ele deveria dizer e traçar as ações do clube numa direção, mas na verdade só pode se contentar com as migalhas que o que acontece no campo lhe dão pra trabalhar.

Drogba pode vir pro Corinthians por um salário aceitável. E todo dia que eu ligo a TV, além da tentativa tosca de dar o furo em pleno 2017, onde uma notícia se espalha em 10 segundos, eles discutem se “vale a pena” como jogador.

Meus caros, vou ser o mais prático possível: que se foda o Drogba como jogador.

O futebol, tal qual qualquer evento esportivo, é carregado por ídolos.  Você procura no esporte pessoas que fazem o que você não pode fazer. E portanto, toda vez quem você puder ter um cara que não precisa nem ser trabalhado pra se tornar um atrativo, tenha!

Se ele não tiver condições de atuar bem, enfia o cara faltando 15 contra o Ituano. Um gol dele será mais falado que os 5×0 do SPFC contra a Ponte no Morumbi, do 2×1 do Palmeiras e do empate do Santos na mesma rodada. Simplesmente porque ele é um ídolo mundial.

Todo clube deveria ter um Drogba. Porque não é necessário explicar muito essa lógica diante dos clubes europeus de mais sucesso que o fazem em cima sempre de um ou dois nomes de muita grife. Joguem eles ou não.  Beckham, por exemplo, foi o melhor produto do futebol por anos sem jogar quase mais nada. Simplesmente porque ele é bonito.

Drogba é carismático, marrento, raçudo, folgado, irreverente e causa.  Além de jogar uma bola enorme se estiver inteiro, ele sozinho estando no CT treinando tira 99% do foco em cima de time, elenco, treinador, diretoria.

O futebol vende Drogbas. Não vende gols, vitórias, empates e derrotas. Como todos os esportes do mundo, ele vende a imagem de um super humano.

Tragam Drogba. Se ele vier com uma perna só, ele vai se pagar com muito mais facilidade do que o atacante titular do time. Basta deixar o marketing comandar ações de marketing e não a política interna do clube.

abs,
RicaPerrone