A história com fim

Frederico é, pra mim, o maior jogador da história do Fluminense.  O campeão, o que bateu no peito, o que veio da Europa e quis ficar. O capitão, o polêmico, o decisivo.

Odiado, amado. Adorado. Apedrejado. Defendido.

O que o Atlético Mineiro leva é um puta centroavante. O que o Fluminense perde é bem mais do que isso.

Todos nos bastidores do clube sabem o quanto a relação Fred / Fluminense se desgastou com a vontade não assumida do presidente em tomar algumas decisões.  Sempre gostei muito do Peter, mas ultimamente venho notando que suas convicções mudam muito rápido. Sua relação de fidelidade com as pessoas mais rapido ainda.

Fred é caro, mas o que é caro de verdade? Um Magno Alves a 100 ou um Fred a 800?

Mário, Simone, tantos outros que eram “de confiança” e que passaram a culpados.  Curioso é que o Fred ganha o que o Fluminense lhe ofereceu. É sempre bom lembrar que não houve uma arma na cabeça por parte do jogador tentando roubar o clube. É um acordo.

Acordo esse que “ficou caro” e, sem coragem de assumir, fez com que Peter empurrasse Fred pra fora aos poucos até conseguir “se livrar” do salário do ídolo.

Ambiente conturbado, cheio de problemas, ano de eleição. Odeio política em clube, mas a saída do Fred é política. Não dá pra fingir que não sei e tratar como uma escolha meramente nas 4 linhas.

Eu sei quanto valia o Fred por mes. E o torcedor do Atlético provavelmente não vai demorar pra descobrir. Trata-se do melhor centroavante do futebol brasileiro há pelo menos 6 anos, desde que Adriano deixou o posto.

Mas quanto vale essa história? Quanto valia cada pivete que não se vendeu ao “meu Chelsea” porque tinha em Fred sua referência, seu ídolo?

 

A palavra é responsabilidade. Fred adorava conduzi-la, mesmo quando não era sua, enquanto Peter tem pavor dela.

Sorte do Galo que, oportunista como seu novo centroavante, viu a bola quicando na área e fez um golaço. Tens agora os dois mais importantes atacantes do futebol brasileiro lado a lado vestindo sua farda.  És protagonista de véspera. E talvez isso valha o que “custa” um Fred.

abs,

RicaPerrone