“Vergonha! Vergonha!”

A saga de um “coitado” termina quando ele resolve não mais se justificar. O atleticano novamente foi ao estádio para insinuar, explicar, culpar e não para acreditar.

Quando, de novo, esqueceu o juiz e focou no time, engoliu o adversário. Hoje não entrou, em outras tantas, sim. O Galo está longe do sonho, não por incompetência, mas por mérito alheio, o mais insuportável que há.

Temos uma mania de “perder” no futebol. Os que não foram campeões “perderam o Brasileirão”, numa frase correta, mas colocada de forma injusta como se “ganhar o Brasileirao” fosse comum.

A campanha do Atlético não deve NADA a quem fez pra ser campeão. A do Flu, porém, sobra. Não tem culpa o Galo de que no ano que fez campanha de campeão, a campanha mudou de patamar.

Aos gritos de “vergonha, vergonha”, tentam justificar um “fracasso” que nem de longe deveria receber este rótulo. Um ano especial, onde o Galo voltou a ser protagonista e que apresentou, sem dúvida, o futebol mais bonito de ver no campeonato, não pode ser um fracasso.

Mas é insuportável a qualquer torcedor ter que dizer que o seu melhor não é suficiente. E não está sendo.

O Flamengo foi pra Minas correr, e correu. Arrancou um empate na base da camisa, pois se vestisse as cores do Olaria tinha tomado 5×1 de virada.

O Galo, que novamente gastou 45 minutos tentando achar um erro do arbitro e não uma vitória, esbarrou na trave, no detalhe, no Flamengo, na síndrome de “coitado” que erradamente assumiu em 2012.

O maior culpado por uma situação de “dó” é aquele que se acha digno de “dó”. O Atlético teve um surto coletivo, de dirigentes a torcedores, quando percebeu que poderia perder o que pra muitos estava “nas mãos”.  Triplicaram o peso dos erros de arbitragem, levantaram o medíocre assunto “eixo” e fizeram, pra variar, terceiros de vilões pelo que poderia ser uma “grande campanha” ou um “grande fracasso”.

Escolheu o Atlético transformar sua bela campanha num puta chororô e, por consequencia, num fracasso.

Quem fez da aventura épica um drama com final infeliz foi o Galo e uma dose desnecessária de “coitadismo”. Se não tivesse tido tanto medo de “fracassar”, teria no mínimo uma história de superação pra contar.

Mas não. Preferiu colocar na história um suposto caso de perseguição, que após 41 anos sem conquistas fica um tanto quanto absurda. Afinal, se há um esquema “anti-Galo”, é brilhante, convenhamos.

Aplausos no final do jogo porque, de novo, a tentativa de focar no arbitro e “provar” uma má intenção caiu durante a partida, quando os erros foram se alternando exatamente como acontece ha 100 anos no futebol.

Aplausos pra um Galo forte, heróico, brigador e de campanha maravilhosa. Insuficiente, mas ainda assim, belíssima.

E se tudo que vocês tem a dizer após 33 rodadas, uma disputa ponto a ponto, uma campanha dessas e os jogos que temos acompanhado é “vergonha, vergonha”, não me espanta ser destes o maior jejum entre os gigantes do futebol brasileiro.

E por mais que vocês não acreditem, que continuem procurando motivos ao invés de vitórias e um milagre… ainda dá.

Seria heróico, épico, brilhante. Algo impensável para “coitados”.  E se é um “vilão” que procuram para ser vítima, tenham certeza que heróis não serão.

Não faltou nada. Sobrou do outro lado, só isso.

abs,
RicaPerrone