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Uma noite de futebol

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Uma noite de futebol

Quando se fala em “futebol” noto que a enorme maioria das pessoas tem dificuldade em entender exatamente do que se trata. Para alguns, um clube e nada mais. Para outros, uma competição e ponto final.  Para outros tantos, um negócio.

O que o Maracanã recebeu neste sábado foi o futebol em seu mais puro significado.

Popular, acessível, lotado, brasileiro, imprevisível, injusto, emocionante e apaixonante.

O Fluminense jogou bem. Havia 50 mil pessoas no Maracanã pra ver um jogo a 10 reais que valia 10 reais.  Não era a fase do Fluminense determinando a lotação. Era o simples conceito de entender que Fluminense e Vitória na terceira rodada vale 10 reais, não 60.

Mas os nossos dirigentes querem fazer mágica. Eles assumem um restaurante, trocam as cadeiras, continuam com a mesma comida ruim. E então, resolvem cobrar o triplo pelos pratos para que, com a renda, possam melhorar de fato a comida.

Há alguma lógica nisso?  Deve haver, afinal, eles usam terno e dão palestra.

Mas, enfim. Voltando a realidade, o Maracanã recebia futebol e devolvia tudo que ele pode oferecer. Um jogo cheio jamais será igual um jogo com 10 mil pessoas. Simplesmente porque o público é a razão de qualquer espetáculo e vê-lo diante dos seus olhos dobra sua motivação por algo mais.

O chute, o desvio, o gol. O inacreditável gol do Vitória.

A pressão, as chances que não se concretizavam, a torcida que não sabia se viveria uma noite triste ou uma virada épica.

Um contra-ataque, um chute errado, virou drible. O último passe, o erro no domínio, e o gol.  Tudo errado, e deu certo. O Vitória fazia 2×0 no Maracanã que não podia vaiar. Podia, naturalmente, apenas não acreditar.

Mas até pra cair a ficha teve cena. No finalzinho o gol que causa esperança e o escanteio que busca feitos na memória. Mas não, hoje não.

Se o Fluminense ganhasse, seria apenas esporte. O melhor contra o pior, simples demais.

Era futebol. E então, para coroar a noite popular no Maracanã, nada mais adequado que uma bela de uma zebra.  E tristes, não revoltados, eles vão pra casa sem os 3 pontos. Mas com uma história pra contar.

E isso sim é futebol. O resto é educação física.

abs,
RicaPerrone