“Sem vergonha”, não!

Eliminações geram alucinações.  Hoje, neste exato momento, minutos após o jogo, centenas de rubro-negros estão jurando “nunca mais torcer pra essa merda!”, outros milhares menos radicais que “cansaram de se iludir em Libertadores”, e os restantes que “foda-se o estadual”.

Amanhã estarão no máximo discutindo um lance ou outro e no domingo serão todos novamente apaixonados pelo clube e farão do “foda-se” uma grande alegria em caso de vitória e uma enorme crise em caso de derrota.

“Isso aqui é Flamengo”.

E o Flamengo não tem um grande time. Está prometendo pouca coisa, andando com pés no chão e ao contrário do que sugere o título épico da Copa do Brasil, não é um time favorito a nada.

Menos ainda a Libertadores.

“Onde erramos?”, pensam os rubro-negros nesta noite de pouco sono.

E talvez, hoje, após 90 minutos esclarecedores, seja difícil enxergar.  Mas a verdade é que quem não errou foi o León, que em 2 jogos mostrou ser indiscutivelmente melhor time que o Flamengo.

A eliminação é justa, um tanto quanto “normal” pelo time que tem e também pouco surpreendente pela camisa que veste.  Flamengo é o que faz milagres quando não dá e quando dá.  Hoje, dava.  Não deu.

Daí a ser um “time sem vergonha”,  merecer protestos e uma “crise” por ter sido eliminado na primeira fase de um grupo não tão fácil, acho exagero.

Tem erros, vilões, coisas a repensar. Mas não trata-se de “um time sem vergonha”.

De um “time comum”, talvez.

Não é sempre que a camisa vai conseguir esconder o que de fato há dentro dela.

abs,
RicaPerrone