Ressurreição

Verdade que com diversos “poréns”, mas nada tão relevante quanto rever o Tricolor jogar uma partida de Libertadores como se deve.

Com um Morumbi “meio cheio”, uma noite incomum e um jogo cheio de particularidades, houve entrega. Sangue nos olhos, faca nos dentes e cara feia. Enfim, um time que compete.

Caberá ao Corinthians a “crise” imposta pela imprensa desesperada o assunto do dia seguinte. Mas é injusto. Porque a sequencia é dura, porque com 2×0 não era vantagem tentar diminuir e especialmente porque o arbitro “estragou” o jogo no começo.

Sheik não “agride” ninguém. Ele dá um toquinho, Tolói faz um teatro e sem ter visto nada o juiz imagina e dá o vermelho. Tolói havia pisado na perna do Sheik 10 segundos antes, algo inclusive mais violento do que dar um toquinho que quase nem encosta no adversário.

Exagero. Dá um amarelo pra cada e pronto. Ou, melhor ainda, segue em frente porque o juiz não viu o lance. E não tendo visto não tem como decidir o que aconteceu.

Prejudicou o jogo e o Corinthians. Mas ainda assim o São Paulo era merecedor da vitória pelo empenho e o volume de jogo.

Luis Fabiano faz 1×0, marcando num jogo decisivo. Ó meu Deus, quem diria?!

O tempo. Questão de tempo.

Antes do jogo se acalmar Michel Bastos faz um golaço do meio da rua e resolve a parada.  O Corinthians adora o resultado, o SPFC idem. O jogo morre.

Mesmo morto, Luis Fabiano consegue tomar 2 amarelos em seguida e é expulso. O colombiano do Corinthians que acabara de entrar vai junto, por uma “porrada que não pegou”.

É meio complicado achar uma forma do “atingido” ser expulso por simulação e o agressor por ter agredido. Porque ou ele simulou ou foi agredido. Neste caso, mesmo tendo virado o braço, o corintiano não deu na cara de ninguém. Só acertou o braço do Luis que, como o tempo diria, continua o mesmo irresponsável com sindrome do pânico em jogos decisivos.

Mas, enfim, temos dois times fortes na competição. Um São Paulo renovado pela vitória e um Corinthians que acho uma tremenda sacanagem colocar como “em crise” ou “caindo de rendimento”.

Agora haverá um tempo para descanso. E então, finalmente, os veremos novamente para avaliarmos se foi um surto, se há uma queda e se a arbitragem interferiu tanto assim na partida.

Por enquanto, bem vindo, Tricolor! Tava com saudades.

abs,
RicaPerrone