Qual a importância da sorte no futebol?

Rio de Janeiro – Brasil vence Alemanha e conquista primeiro ouro olímpico do futebol (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Durante um jogo de futebol, adeptos, treinadores e até os próprios jogadores esperam que a sorte esteja a seu favor enquanto o time procura momentos de oportunidade para marcar um golo que os leve à vitória. Futebol é um jogo mundialmente popular onde muitos tentam alcançar uma carreira a nível profissional, através de treinos intensos que requerem bastante esforço e determinação por parte do jogador. O fato de jogadores profissionais terem uma agenda tão preenchida com treinos durante as temporadas para melhorar as suas capacidades durante o jogo, deixa em questão se sorte será mesmo um fator para vencer um jogo de futebol.

A forma como um jogo de futebol funciona é bastante simples, equipas competem entre si para subir na tabela de qualificações de um determinado torneio. A probabilidade de um time vencer uma temporada depende diretamente dos elementos que a compõem, e os fundos monetários do time é um fator crucial para adquirir melhores jogadores, com mais experiência em campo. Dado estes motivos, é possível confirmar que sorte é apenas um mito no que toca ao futebol, visto que uma vitória dependerá exclusivamente do talento dos jogadores de um time. Como é de esperar, um time de futebol mais bem preparado e com melhores habilidades para o jogo terá mais hipóteses de ganhar o título.

O termo sorte é frequentemente usado de uma forma incorreta. Suponhamos, por exemplo, que tem um colega a preparar-se para algum tipo de apresentação, seja uma entrevista, ou uma atuação. Por hábito, nós iriamos desejar boa sorte a este colega que está prestes a enfrentar um desafio, no entanto, o correto seria dar os parabéns ao tal colega por ter conseguido chegar onde chegou. Provavelmente, esta pessoa demonstrou esforço e determinação para este objetivo, logo desejar sorte é incorreto, pois tal depende exclusivamente do seu talento e capacidades. Se uma pessoa consegue uma determinada posição numa empresa, não é porque teve sorte, mas sim porque demonstrou ter boas capacidades e habilidades para a posição que se estava a candidatar. O termo sorte é associado com probabilidades, como a probabilidade de lhe sair a lotaria, ou a probabilidade de sair uma determinada carta num jogo de pôquer.

O pôquer acaba por ser o exemplo ideal de que a sorte não é tudo num esporte, pois foi por muitos anos considerado um jogo de azar, até que foi finalmente considerado um esporte mental, quando ficou provado que não depende só da sorte.

Durante um jogo de futebol, é comum se dizer que foi azar o seu time favorito não marcar golo. Mas suponha uma situação em que o time adversário não teve qualquer tipo de contato com a bola após o remate, neste caso, o golo não foi marcado devido a uma má execução do jogador que rematou à baliza. Um jogador profissional, especialmente um avançado, treina a sua pontaria para situações de remate vezes sem conta, e a falha de um remate deve-se sim a uma performance menos boa. O erro pode até ter ocorrido por parte de um colega enquanto este realizava um passe para o avançado.

Com isto é possível concluir que futebol, assim como outros esportes, não dependem de sorte, mas sim de uma boa ou má execução das jogadas realizadas pelos jogadores profissionais que praticam o esporte. Esta execução está diretamente relacionada com a sinergia que existe entre o próprio time e a confiança com que os jogadores enfrentam o desafio ao entrarem em campo.

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