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Paixão bipolar

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Paixão bipolar

Rubro-negro é bipolar.  Quando em situação de dificuldade esbanjam otimismo. Quando fica muito fácil, surgem as manchetes, os fantasmas e o discurso de “calma” é mais forte do que o de fé da semana anterior.

No Flamengo parece ser fácil ganhar o jogo impossível. Impossível é ganhar o jogo fácil.

Quem disse que vai ser fácil?

O empate lá foi um puta resultado. Melhor que a vitória, eu diria.  Sim, diria! E não estou maluco, não.

Uma vitória lá faria o Flamengo tentar se defender aqui. Não dá certo. Quem entra pra “não perder”  quase sempre perde.  O gol fora foi marcado, o Mengão entra em campo campeão.

Sua torcida no Maracanã é curiosa. Quando em dificuldade, assusta o inimigo. Quando esperançosa, assusta o Flamengo.

Jamais vi reação controversa coletiva como essa. Viajou “pra ganhar lá”.  Empatou.

Agora estão cheio de dedos pra falar na volta, buscando fantasminhas de Santo André, América e esquecendo as outras dezenas de vezes em que foi favorito e confirmou o título em sua casa.

É assim mesmo. O torcedor discute com a razão o tempo todo até se convencer que é um especialista. E então, quando a lógica pede coerência, a paixão passa por cima e faz tudo ao contrário.

Rubro-negro, meu caro e bom urubu. Não tenha medo, não leia nada sobre o passado, não pense em “se”.  Encha o Maracanã e jogue o que tem jogado desde a volta contra o Cruzeiro.

E então, otimistas e dispostos a ajudar e não cobrar, sairão de lá campeões.

O grande diferencial entre o Flamengo que dá “vexames” e o que sai campeão é a diferença entre ir até lá pra comemorar e ir pra ajudar.

Desconfie da lógica. Afinal, é Flamengo.

Mas faça parte dela.  Empurre. Não duvide. Nem tenha certeza.

Jogue. Não assista.

Vá pra conquistar. Não pra esperar que eles conquistem.

Vocês foram os melhores jogadores da Copa do Brasil até aqui. Não tenha medo da decisão.

Decidam!

abs,
RicaPerrone