Os malditos resultados

Toda vez que alguém ganha alguma coisa no futebol essa pessoa é elevada a um patamar que normalmente não merece. Quando perde, mesma coisa. Vira um “lixo” que também não é justo.

Marcello Oliveira é mais um dos treinadores julgados no Brasil por uma mídia especialista em FIFA Soccer.  Achamos que quando ganha um time, é um cara que vai lá e faz ganhar. E que quando perde, ele que errou e apertou o botão errado. Não é bem isso. E se o futebol fosse avaliado por DESEMPENHO e não por resultados, muito treinador cairia antes da hora e outros tantos seriam mantidos mesmo perdendo.

Marcello fez no Galo o que fez no Palmeiras: nada.

Seu time joga um futebol tosco, sem nenhum entrosamento, nenhuma jogada trabalhada e é 100% dependente de jogadas individuais. Marcello não acrescenta nada de novo ao futebol brasileiro, e o conceito moderno tático e coletivo passa longe da cabeça dele.

“Ah mas ele ganhou…”. Ok, legal. Outros tantos ganharam e isso não diz nada. O que diz não é apenas o resultado mas sim o desempenho.

Eu costumo dizer que um trabalho de treinador é bem avaliado quando o time vai melhorando. Quanto mais ele trabalha com aquele grupo, melhor o time joga. Marcello fez alguns times jogarem bem e piorou todos eles ao longo do tempo. Mesmo no Cruzeiro, quando bicampeão, terminou o segundo ano jogando só com bola na área.

É o que sempre critiquei no Muricy no tricampeonato. O SPFC de 2005 voava. Ele assumiu em 2006, o time foi bem. 2007, ok. 2008, se arrastou pra chegar.  Em 2009 acabou de vez.

Isso é avaliado como trabalho ou resultado?

Marcello tinha que ter sido cobrado há meses, questionado toda semana pelas atuações do Galo e demitido contra o Juventude.  O Atlético esperou demais os resultados com medo, talvez, do que a mídia diria.  Pois agora falam do 3×1 em casa, e nem pelo resultado, mas pelo “baile”.

Acertou. Tarde mas acertou. Marcello não tem nada de novo.

abs,
RicaPerrone