Os macacos e a árvore

Embora não seja mais tão incomum olhar pra cima e ver um “Tatu” pendurado numa árvore, sabemos que ele vai cair dali assim como sabemos que alguma situação incomum o colocou lá.

Soa temporário.  Incomoda, mas não assusta. Uma hora a árvore estará lá sem ele.

Quando olhamos pra cima e vemos um macaco na árvore, soa mais natural. E mais do que isso, temos a impressão de estarmos de frente para o verdadeiro dono da árvore.

A natureza quis assim. A história atrelou macacos e árvores. Quem sou eu pra estranhar ele brincando de galho em galho?

 

Passam os anos, mudam as estações, mas são sempre os macacos que acabam dormindo na árvore.  Mesmo que as vezes dividam espaço com algum intruso, o lugar é meio cativo.

O Grêmio não tem um timaço.  Sequer entrou na lista de qualquer especialista antes da bola rolar como um dos favoritos, porque de fato não era.

E aí a bola começa a entrar. Uma vez, duas, três, e lá está o Grêmio dando seta.

Até que se chega num ponto onde os olhos que se negam a enxergar são colocados em situação constrangedora. Ou você nota ou ele te atropela.

E é hora de notar.

Eu não sei te dizer ao certo se temos um Guardiolla nascendo no banco, 5 neymares no elenco ou apenas uma fase onde tudo dá certo. O diagnóstico é precoce, embora possível.

Sei que a árvore ganhou um macaco.  E que macacos podem viver na árvore, ao contrário de tatus.

É hora de começar a respeitar quem já está pendurado lá em cima.

abs,
RicaPerrone