O Vasco

Um centímetro.  Essa é a distância que ficou na minha cabeça durante os últimos 19 meses quando falava do Vasco.

Dinamite, Eurico, dívidas, elenco, vendas, compras, falta de água, patrocinador, grana presa na justiça.  Tudo me remete ao mísero centímetro que mudaria tudo isso em maio de 2012.

Futebol é cruel.  Mentiroso.  Quase canalha.

Ele nos faz acreditar que temos a receita do bolo e que todo bolo ruim foi culpa do confeiteiro.

Não tenho nenhuma dúvida sobre a incapacidade do Dinamite em gerenciar o Vasco.  Mas tenho todas as dúvidas sobre o que estaríamos discutindo hoje se ela fosse 1 centímetro pro lado.

O Vasco se reergueu sabe-se lá como.  Mas fez.

Por 1 centímetro não foi ao topo máximo de sua história. E então, não sabendo lidar com o erro, jogou tudo pro alto numa bola de neve que levou tudo, aumentando o problema mês a mês, sem trégua.

O Vasco foi rebaixado a condição de “morto” em maio de 2012, por 1 centímetro.

Ali, não fosse ele, o time da virada não teria nem o que virar, tão promissor seria seu cenário.  Quase lá.

Hoje aqui.

O meia que se machucou, o atacante que não joga, o garoto problema que não cria juizo, os goleiros que não acham a bola.  O maldito centímetro que faltou.

E hoje o possível campeão mundial de 2012 planeja 2014 pensando na série B.

O sentimento não parou há 5 anos.  Não vai parar agora.

Nem passa pela minha cabeça outro cenário que não seja de breve recuperação e títulos pro Vasco a médio prazo.  Seja com Eurico, Dinamite, opositores ou gente ainda pior.

Time grande até cai. Mas levanta.

Por quando cai, tem quem o segure de braços abertos.

abs,
RicaPerrone