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O SPFC que “topa” jogar

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Se o Tricolor 2009 segue devendo, pelo menos tem melhorado a cada jogo. Hoje, o time corre. Tenta jogar e tem uma característica que ha tempos não tinha: Ele “topa” o jogo.

Por alguns anos voce via o SPFC entrar e anular o rival. Depois, se privava de agredir em troca de achar uma bola parada ou um contra-ataque mortal. Assim, fazia 3 pontos e vencia, sem empolgar ninguem. Hoje, se busca uma nova identidade e não convence, pelo menos “topa” o jogo.

Quando tem que ir, vai. Se tem que tocar, toca. Se tem que criar, tenta. Chuta quando tem que chutar, falha na zaga se tiver que falhar, mas joga o jogo. Arrisca perder em troca de uma vitória menos “conservadora”.

Alguns vão chiar. Preferem o 1×0 e foda-se tudo. Eu prefiro que o time jogue futebol e bata de frente com o rival.

Hoje eu conversava com amigos antes do jogo aqui em casa exatamente isso. O SPFC passou 3 anos jogando basicamente para anular o adversário. Não havia volume ofensivo que preocupasse o adversário. Ele tinha que parar contra-golpe e bola parada, mais nada. E isso é muito duro de parar quando se tem uma super defesa, pois a bola volta toda hora pro seu campo de ataque.

Agora o SPFC não achou ainda o ideal. Mas ele busca. Ele tenta agredir, tenta o gol de outras formas e faz com que o seu adversário também tente pará-lo.  Existe um pequeno rascunho ofensivo. Que hoje sumiu quando o Washington perdeu o controle e pediu pra ser expulso.

O time dribla mais, sofre mais penaltis, faltas, tenta o gol de outras formas e contra-ataca tentando que a bola chegue pelos pés, não pela cabeça.

Tá no ponto? Não, e vai demorar. Mas, melhorou.

A vitória de hoje é cheia de controversias. Foram 31 chutes do Barueri contra 9 do SPFC. A maioria deles no segundo tempo, quando o Tricolor ficou com 10 e ai vem o medo de perder estando mal na tabela. É natural.

Com 11, o SPFC não podia recuar daquele jeito. Com 10, até entende-se.

Não espero nada pra este ano. Acho que o SPFC é um time pronto, mas em formação. Como assim?

Um time que já atua junto, que se conhece, que mantem a base mas que não quer mais fazer aquele joguinho covarde que fazia. Portanto, precisa achar um padrão ofensivo que não tinha. Demora.

Porém, hoje, tenho muito mais prazer em ver um jogo do SPFC e não saber o que esperar do que aquela certeza de pegar no sono durante o jogo, porem… com aquele 1×0 no fim garantido.

Futebol é jogado, não calculado.

Prefiro esse SPFC que tenta se acertar do que aquele que tentava só vencer.

Há gosto pra tudo.

abs,
RicaPerrone

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<b>Rica Perrone</b> é jornalista, tem 44 anos, foi pioneiro no Brasil no jornalismo independente online entre outros. Apresentador do Cara a Tapa e "cancelado". com frequência por não ter feito nada demais, especialmente não bater continência pra patota.