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Ninguém pára

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Ninguém pára

O time do Flamengo está longe de ser um primor técnico. Esperava-se, porém, uma vitória diante do Goiás, mesmo que o jogo tenha sido “em casa” só pro borderô da cbf.

O Flamengo é um time acelerado por natureza. Note que todos os jogadores do time pegam a bola e saem correndo com ela.  Mugni, que era o sujeito a parar e pensar o jogo, também corre com a bola.

Elano, um meia que jamais foi o “camisa 10”, criador de lances geniais, não consegue sequência. Paulinho e Everton… correm com a bola.

Léo Moura quando avança, corre com ela. E nessa tentativa previsível de ser imprevisível individualizando toda jogada de ataque vai minando a confiança de todo elenco.

É natural. Ninguém erra 2 lances e vai com a mesma confiança buscar o terceiro. E toda bola que passa pela intermediária do Flamengo alguém tenta dar o “último passe”.

Não precisa.  Pode ser o primeiro de uma série. Talvez uma virada de jogo. Alguém disse pro time do Flamengo que bola no pé é pra tentar enfiar pra alguém na cara do gol ou ir driblando até lá. A maioria deles acreditou nisso.

Matheus não me parece o cara pra cadenciar este jogo. Adryan um dia pareceu que seria. Hoje, não vejo ninguém capaz de parar uma bola e ao invés de devolver pro adversário numa tentativa alucinante de que um passe de 3 dedos de 70 metros resolva o jogo, pense, recue e espere a hora certa.

Na mesma intensidade que se busca o gol se perde a bola. E quanto menos qualificado seu time, mais se perde a bola e menos se encontra o gol.

O Flamengo começa bem, erra, perde algumas chances e depois disso vai só piorando. É um roteiro simples.

Duro é imaginar algo muito diferente disso com as peças de criação disponíveis.

abs,
RicaPerrone