Manchado!

O campeão em sua casa, sua casa em festa. Esperando o coadjuvante favorito a seus feitos, a Fiel se deu conta de que poderia não ser tão divertido assim quando o placar lhe informou: jogam os reservas!

No ar um clima que misturava um delicioso “foda-se” com o amargo gosto de não ter uma vitória para coroar sua campanha quase inacreditável.

Inacreditável. Esse é o termo que encontro para falar de um time que muda peças e não muda a forma. Que perde a dupla titular de ataque e faz o melhor ataque do campeonato.  Que foi piada quando eliminado de outros torneios após tanto “exagero” de alguns os comparando a times europeus de primeira linha.

Ah, Corinthians… que ano!

Talvez o último de uma série, talvez o primeiro de outra.  Aqui não temos essa triste rotina de rever os mesmos clubes brigando pelos mesmos títulos ano após ano. Talvez por isso não lhe caiba o rótulo de favorito sequer ao próximo campeonato.

Pouco importa.

A fé do corintiano não costuma dialogar com a lógica e talvez por isso dessa relação saiam tantas histórias inacreditáveis.

Quem diria? Hoje não.  Com reservas, de férias, “nem aí”…?

E numa constrangedora atuação que fere a história da vítima, o Corinthians reserva faz o mesmo que faziam os titulares e atropela o seu rival com dó e piedade.  Sim, pois após o sexto, nao tentaram mais um.

Se reservaram ao direito de se divertirem com “olé” e um pênalti defendido.  O sétimo gol foi do Cássio.

Já não há mais o que dizer.  Enquanto os juizes chamavam a marcação o time jogava o que ninguém jogou.  É baile, a mais contundente conquista dos últimos anos tendo sido por um bom período uma das mais contestáveis.

Hoje, dia 22 de novembro, não tem um só cidadão que tenha a coragem de dizer que foi “injusto”, “no apito”, ou insinuar qualquer outra baboseira.

O Corinthians de 2015 é a melhor notícia do futebol Brasileiro desde o maldito 7×1.

Tal qual aquele pesadelo do  Mineirão, o que se viu hoje era inédito.  Nunca um time de reservas fez a maior goleada de um clássico num jogo festivo contra um rival que jogava pra valer.  Me arrisco dizer que nem aqui, nem em lugar nenhum do mundo.

E se me permitem o uso devido a mais insuportável das frases de 2015…. “6×1 foi pouco”.

abs,
RicaPerrone