Mais do mesmo

Resultados são tão questionáveis quanto a falta deles. Quando Marcelo Oliveira montou aquele Cruzeiro que jogava um bom futebol, poucas pessoas sugeriram não ser tão filosofia dele quanto vocação do elenco. Hoje, passados alguns anos, temos mais fé em Goulart e Everton do que em Marcelo Oliveira.

Seu bicampeonato com o Cruzeiro já terminou o ano só com bolas cruzadas. O torcedor menos doente do Cruzeiro já notava isso e questionava a queda. Mas o time era campeão, dane-se como.

Marcelo pode ter perdido peças, um momento onde “o que dava” era pra viver de bola na área. Vamos em frente.

No Palmeiras, contratou quem quis. Teve opção pra montar o time de todo jeito que possa imaginar e, se não for pelos pés de Dudu e Jesus, nenhuma bola chega ao ataque palmeirense sem voar.

Não há jogada, não há padrão.  Não há nada de novo, mesmo quando funciona.

E note a diferença fundamental de discussão: O que é novo x o que funciona.

Muricy funciona. Jamais se questionou isso.  Mas é de mais Muricys que precisamos ou de mais Tites com filosofias modernas, competitivas e ao mesmo tempo bem trabalhadas?

O futebol permite que se chegue a resultados através de detalhes isolados. Quando fechamos um time e buscamos a bola parada, temos todo jogo pelo menos 5 chances claras de fazer o gol.  Se ela entrar, o técnico é bom. Ganha 500 mil. Se não entrar, dificilmente vai gerar uma grande má fase porque o treinador do outro lado normalmente também faz isso.

Pobre do nossos times que dependem tanto do medo de perder.

Marcelo pode ser campeão mais 15 vezes. Nunca se contestou o resultado, mas sim a forma.  Não há nada de novo no que faz Marcelo Oliveira. Nada.

abs,
RicaPerrone