Legião da boa vontade

E convenhamos, haja “boa vontade”.  Muricy segue a rotina: Sai de um clube, assume outro prontinho pra ser campeão e confirma. Vai destruindo o futebol do time na medida que implementa sua filosofia até um dia sair, normalmente inventando uma situação onde ele seja o exemplo de ser humano a ser seguido contra um futebol amador demais pra seu talento.

No Santos, tudo igual.

Há 1 ano, meus caros, o Santos não joga futebol. Quem joga é o Neymar, e as vezes basta. Cada dia que passa o Santos joga menos, é o “vale a pena ver de novo” mais chato do mundo, mas estão passando.

Não são resultados que me fazem contestar Muricy. Nunca os usei para avaliá-lo positivamente, não estou esperando o Santos perder pra repetir. Fiz na boa, faço na pior, sem crise.  Digo a mesma coisa do professor desde 2006, e cada dia tenho mais certeza da razão.

Cozinheiro de comida congelada. Corre pro mais fácil, vive em situação confortável desde 2006 e a médio prazo destrói qualquer resto de futebol que tenha num grupo.

Dirão que “ele foi tricampeão no SPFC”. É, foi. Mas senhores… ele assumiu o time 2 semanas após serem campeões do mundo!!!!  Não foi projeto, montagem, manutenção, porra nenhuma. Foi apenas um empurrar com a barriga somado a uma forte defesa que não perdia jogos. E quem  “perde pouco”, em pontos corridos, fica pertinho do caneco.

Muricy conquistou títulos, respeito e principalmente: medo.

A imprensa morre de medo de contestar o ogro sob a possível ameaça de ouvir uma respostinha atravessada do possível próximo campeão de alguma coisa. É duro, eu sei. Cansei de bater no cara enquanto ele ganhava aquele festival de títulos mediocres de futebol sofrível no meu São Paulo.

Uma legião de fãs, uma legião de guardas que o blindam de tudo e todos. Nunca é culpa dele, nunca estoura na dele.

Muricy é imune as criticas. Se Luxemburgo, Mano ou outro não tão “amedrontador” faz o Santos passar 1 ano sem jogar bola com esse investimento feito pra segurar os meninos, tens idéia do que estaria ouvindo/lendo?

Mas é o Muricy, a “musa do brasileirão”.  Ele pode, porque se der errado, foi o acaso, o dirigente, o bandeirinha, a bola, o gramado. Se der certo, “foi ele”.

Se cobrado como os demais, não teria a moral que tem pra chegar e fazer o time acreditar nele a curto prazo. Se dignamente  não fizesse o tipo de “sujeito perfeito”, “pai modelo” e “treinador de moral única”, seria avaliado pelo futebol.

Não é. E, de novo, assiste a um fracasso tático sem ser citado como culpado.

É fácil ser Muricy. Duro é olhar além do que diz o placar de uma partida.

O Santos merece mais, muito mais.

abs,
RicaPerrone