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“Imponente”

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“Imponente”

Clubes devem ter alma.  Depois zagueiros, goleiros, volantes e atacantes. Antes de tudo, alma e identidade.

O Palmeiras se declara “imponente” desde o primeiro trecho do hino e confirma a indicação ao longo de sua história.   Se há uma característica perdida neste momento é a tal “imponência”.

Em casa ou fora, pouco importa, o adversário faz contas pra somar 3 e não mais como aquele jogo quase impossível.   Não se fecha mais ou menos para encará-lo e sabe que sua torcida precisa de 15 minutos para inverter a pressão.

O Palmeiras que recebeu o Inter foi até o jogo onde Abel testou um time mais ofensivo. Não por acaso.

Num verdadeiro festival de mediocridade técnica com um treinador que se fosse brasileiro e se chamasse Zézinho seria espinafrado pela mídia, o clube vive um risco real de ir pela terceira vez a segunda divisão.

E eu não me refiro apenas a um time grande. Mas dentro do país, o maior dos campeões.

O Inter é um time que oscila e também não gera segurança alguma ao seu torcedor. Mas oscila onde pode oscilar um time grande.  Entre os primeiros, perto de títulos, ganhando de vez em quando e sempre rodeando os protagonistas.

É essa insegurança que o Palmeiras precisa encontrar.

Até mesmo pra perder é preciso um pouco de alma. Esse Palmeiras perde de todo jeito. Não há “um problema” identificável.  São todos, da fragilidade do elenco ao trabalho ruim do treinador, somado ao passado recente, ao descrédito da torcida, a cobrança que piora o ambiente e a soma disso tudo que resulta em atuações cada vez piores.

Não revela ninguém, contrata mal, vende pouco, trocou os mais diversos estilos de presidentes. Nada funcionou.

Enquanto isso o Inter pouco muda, nem sempre ganha, mas está sempre funcionando ou muito perto disso.

Alma e Identidade.

O Palmeiras não parece o Palmeiras.  E é o mais longe de ser Palmeiras que já vi atuar.

abs,
RicaPerrone