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E se…

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E se…

Era jogo pra empate, mas não foi. Se o juiz não dá o penalti… mas deu. E se a bola entra, e se o goleiro não pega, e se o jogo fosse outro…

O mundo do “e se” costuma ser maior pra quem não realizou. Afinal, entre os fatos ruins e a possibilidade de algo melhor, ficamos sempre com a possibilidade, é claro.

E se isso, e se aquilo, e se tudo que não entrou, e se aquela que entrou não entrasse?

E se…?

E se o Vasco tivesse feito 50% dos gols que poderia ter feito hoje? E se o Flamengo continuasse crescendo no jogo e tivesse mais sorte numa das bolas que passaram perto?

E se não fosse o Joel? E se fosse, ainda, o Luxemburgo?

Perguntas vazias, respostas inexistentes.  Foi o que foi, o que deveria ter sido e o que é jusfiticavel ter acontecido.

Não daria o penalti. Mas não condeno quem deu, afinal, com tv, é discutivel.  Assim sendo, “não achar” é só minha opinião.

Muda o resultado?  Talvez. E se não fizesse ali e entrasse uma das outras 10 chances do Vasco? E se o Flamengo empata? E se …?

O “se” no futebol é a diferença entre o que aconteceu e o que gostaríamos que tivesse acontecido.

Aos vascaínos, hoje, nenhum “porém”.

E se? Só pra fazer rima pro rival e dizer bem alto: “E, se…!”.

Aos rubro-negros mais um dia para transformar 90 minutos num tribunal.

E se entra?  “Vice de novo!”.

E se não entra? “Fora diretoria, Joel, Ronaldinho e todo mundo”.

São detalhes, milimetros, centimetros, erros e acertos que determinam o valor de cada envolvido.

E se o futebol não fosse assim? Não teria graça.

E se o Flamengo estivesse na final, estaria o carioca que pior jogou em 2012. E não estando, tem 1 mes para repensar os erros e arrumar a casa, se o poder de autodestruição rubro-negro não conseguir piorar as coisas, é claro.

E se não tiver crise, pressão e polêmica? Aí não é Flamengo. E se não é Flamengo, o vascaíno não estaria tão feliz.

Está. Porque venceu um grande adversário, num momento ruim, que ainda assim fez do jogo uma grande partida.

Organizado o Vasco vai além. Perdido, fica o Flamengo se perguntando “e se”, até que outra polêmica assuma a pauta.

A diferença entre os dois que atrasaram salários e começaram o ano fazendo “tudo errado” é simples.

Trem bala tem freio. O bonde não.

Adivinha quem bateu no muro?

abs,
RicaPerrone

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<b>Rica Perrone</b> é jornalista, tem 44 anos, foi pioneiro no Brasil no jornalismo independente online entre outros. Apresentador do Cara a Tapa e "cancelado". com frequência por não ter feito nada demais, especialmente não bater continência pra patota.