É contigo mesmo!

O Corinthians frio, inteligente e que jogava um bom futebol foi morrendo aos poucos. Parte pela troca de técnico, parte pelos desfalques, parte pelo que o futebol não explica. Ou, talvez, pelo que não tenhamos conhecimento vendo de fora.

Seja como for, a situação é clara, a dificuldade enorme e a solução já foi eleita. Como sempre, Ronaldo.

Gordo, magro, inteiro ou quebrado, poucos (se é que há algum) jogadores no mundo são capazes de fazer o que Ronaldo é. Se inspirado, o jogo está resolvido. E nisso apostam os torcedores, dirigentes e comissão técnica.

Sem Dentinho e Jorge Henrique o Timão ficou lento, previsível. É um time rápido no meio, com um ataque equilibrado pela movimentação do Jorge ou do Dentinho. Sem estes, com Souza, a coisa ficou muito óbvia e é só parar o Roberto Carlos que a bola não vai chegar.

Danilo piora a situação, já que é mais lento ainda. Ronaldo, lento ou não, é um cara que em 2 lances resolve um jogo, e faltando 9 rodadas, resolve um campeonato.

Não vou entrar naquela discussão boba de “Ele é marketing”, “Ele nao quer mais jogar”, ele isso, ele aquilo. Tudo isso é especulação, palpite, aposta. O que temos de concreto é que, mais magro, um dos melhores jogadores da história do futebol está voltando. E isso faz diferença, sem dúvida.

Se não pela atuação, pela forma do adversário encarar o Corinthians.

Hoje, falta confiança e padrão. Tudo foi perdido com as saidas dos atacantes rápidos. Poderia arriscar um Defederico na vaga de um deles para dar velocidade, movimentação. Mas não. Optou por Souza, agora por Ronaldo.

Assim, um “novo” Corinthians tentará ter o mesmo sucesso que o anterior. Confiando muito mais no talento de um gênio do que numa correção tática que está longe de acontecer.

São 9 jogos, e o Ronaldo é hoje um jogador de tiro curto. Ele pode aguentar, e se aguentar pode fazer a diferença.

Domingo começa mais um desafio na carreira do craque: Dar o título ao Corinthians no centenário.

E quem falou que ele, machucado, fora de forma, sem jogar, não seria fundamental?

Se tornou, de novo.

abs,
RicaPerrone