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É hora de repensar a função das redes sociais e a real medida em que ela pode determinar uma “rejeição”.

Eu vivo disso, trabalho com isso há anos. Acho que posso falar com alguma propriedade.

Redes sociais são pautas fáceis para jornalistas preguiçosos.  Eu vou lá e digo: “Sou ateu”.

10 mil pessoas vão ler.  200 vão “curtir”.  30 vão compartilhar.  100 vão comentar. E destes, 40 vão me xingar.

“Jornalista se diz ateu e causa revolta em rede social”.

Tá certo isso?

Que “torcida do Fluminense” se revoltou por uma foto entre amigos onde NADA foi desrespeitoso com o clube?

Os 100 torcedores que fizeram um barulho do cacete por acharem absurdo, enquanto os outros 3,2 milhões e 900 ignoraram a foto.

E então, destaca-se o lado ruim. Sempre.  Afinal, aprovação não vende.

Qualquer pessoa de meia inteligência sabe que pessoas se relacionam e você, ex-funcionario da Kibon, pode ir na casa do seu amigo da Nestle. Não seria, talvez, muito inteligente se aparecesse numa foto tomando o sorvete concorrente.

Wellington não vestiu camisa rival, não fez qualquer menção a título ou gracinha com o clube dele. Apenas visitou um amigo que torce pro rival, algo que aliás, todo torcedor do Flu faz também e vice-versa.

São normais. Humanos.  Não escolhem amigos pelo time que torce. E se o fizerem, são completos imbecis.

Precisa isso tudo?

Será que a Fiat, quando fez uma brincadeira no dia dos namorados no facebook e teve 10 mil curtidas, 4 mil compartilhadas e 200 comentários negativos foi mesmo “rejeitada” pelo publico no que fez?

Estão dando importância demais pra meia duzia que quer criticar e através disso aparecer.  Quem gosta só volta, não necessariamente sai gritando que gostou.

Quem não gosta, quase sempre, grita.

É preciso aprender a ouvir o silêncio.

abs,
RicaPerrone