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Dá ou desce?

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O time do Vasco para a atual temporada é daqueles que não desperta grande expectativa, nem dá medo de cair. No papel, claro. E, por consequência, se torna irritante ao torcedor, pois se não causa nada, não faz sentido no futebol.

O time é suficiente pra fazer bonito no Brasileiro? É candidato a queda?

Será que os bons jogadores do Vasco não desequilibram ou compensam a fragilidade de alguns outros do elenco?

Dificil responder agora. Até porque, o que vinha sendo tosco, melhorou bastante domingo. O Vasco fez um bom jogo no clássico, teve a vitória possível, mas vacilou.

O que preocupa é exatamente essa falta de expectativa.

Existe o clube que vive um momento dramático e a torcida tá junta por isso. Ou o que busca algo maior e, portanto, causa euforia e ansiedade no torcedor. O que não causa nenhum deles, joga para mil pessoas. E isso é a pior coisa que pode acontecer com um time: Passar desapercebido.

O Vasco é camisa para brigar por qualquer titulo. Porém, desde a subida da série B, ainda busca se encontrar e apresentar um futebol convicente e regular.

Fernando Prass é bom goleiro, Fernando quebra um galho, se tiver outro zagueiro de alto nível do lado. A volta do Ramon na esquerda ajuda bastante, e aí vem os problemas.

O Vasco não tem um time ruim, em tese. Mas falta aquele “algo mais”, que talvez coubesse a Dodo e Carlos Alberto, mas que não são e nunca foram jogadores regulares.

Podem, num dia bom, acabar com um jogo. Como podem, perfeitamente, dormir e fazer o time jogar com 9.

O Granja é um jogador experiente. Nada especial, mas quebra um galho. O Rafael Carioca já despontou melhor do que atua hoje. Mas pode voltar ao nível que jogou no Grêmio em 2008. É novo, tem 20 anos, pode engrenar.

Idem pro Coutinho, que é muito bom jogador, mas novo ainda, e já vendido.

Enfim, é um time pouco confiável. Isso afasta sua torcida, que hoje em dia é motivo de estudo quase.

Ninguém entende como um time que não perde consegue estar em guerra com a torcida. Mas, é fácil entender. No RJ ainda se cobra um bom futebol e não apenas o 1×0. Diferente de SP, onde apenas a vitória interessa.

E ao não apresentar atrações convincentes, nem um futebol que valha ingresso, a torcida vira as costas.

Mancini é um treinador ofensivo, ousado. Eu nunca achei que ele fosse aquele “filé” todo que pintaram.  Acho que o time do Vasco não lhe dá muita condição de atuar como ele gostava no Santos, no Paulista, Vitória…

A grande dúvida sobre os grandes no Brasileirão, por enquanto, é o Vasco.

Esse time dá? Esse time desce?

Complicado, bem complicado.

abs,
RicaPerrone