100 comparação

Se olhar os dois elencos, nem parece um clássico equilibrado. Mas é, tem que ser, nunca será diferente mesmo que um dia um deles chegue a entrar em campo com 11 cones.

Hoje muito superior técnicamente, o Flu tem por vocação o bom futebol. O Fla de Joel, até então, “nada”.  Um time que não ataca, não defende, não encanta e sequer tem um perfil.

Hoje teve, sabe-se lá como.

Não funcionou, também é verdade.

O Flu jogou o que não merece jogar. Com o time que tem é um desperdício absurdo ficar forçando que Gum e Anderson sejam os melhores em campo tendo Fred, Deco, Thiago e Nem lá na frente esperando pra ser.

Não é um time pra jogar atrás. Mas hoje jogou.

“Venceu, dane-se todo o resto”, dirá o torcedor. Não é bem assim.

É sim. Afinal, vencer o Fla-Flu do centenário não requer nenhum outro fator que não seja fazer mais gols que o adversário e ficar na história.

Verdade. To viajando.

Mas o Flamengo jogou uma partida bem aceitável. Tendo em mente que enfrentou um dos melhores times da América do Sul, que teve a bola o tempo todo e teve um time com volantes, meias, atacantes, tudo desenhadinho, sem parecer um “bumba meu boi” como nos jogos anteriores, até que não dá pra reclamar.

Sem comparação o Fla de hoje com o Flamengo que vi há 2 semanas, por exemplo. O que não significa que Joel deva ficar, afinal, nem deveria ter vindo. Mas se veio, se ficou, não é pelo jogo de hoje que merece cair.

Parar o quarteto do Flu é quase uma missão impossível. Uma hora um dos 4 acerta e quando acertar, gol.

Hoje precisou de um lance. Depois disso um show do garoto Nem, melhor que o Hulk, que foi o único jogador de frente do Fluzão a continuar participando do jogo após o gol.

Perigosa estratégia para quem parecia tão seguro do que fazia. E fez.

Como um bom Fla-Flu, aquele que não se compara a nenhum outro, o jogo teve história.

100 anos do mais charmoso, romantico e tradicional clássico do mundo.

Ok, ok, gre-nal tem mais rivalidade. Mas ninguém aqui atrelou ao “quanto se odeiam”. Ao contrário.

Fla-Flu é o maior clássico do mundo pelo tanto que os dois se respeitam, não pelo quanto se odeiam.

abs,
RicaPerrone